No próximo fim de semana, entre o sábado (08) e o domingo (09), uma frente fria começará a avançar pelo país, atingindo a região Sul com chuvas intensas e fazendo as temperaturas caírem. O sistema finalmente romperá o bloqueio atmosférico que esteve atuando sobre o país e causando uma onda de calor severa.
O resultado disso é que chuvas voltarão a se formar em uma grande quantidade de estados que estavam enfrentando estiagem no centro do país, e a onda de calor que está assolando o país finalmente terá um fim. No entanto, mesmo com a quebra do padrão meteorológico de calor e tempo seco, as previsões não indicam um cenário muito agradável para o Outono.
Apesar da mudança de padrão que ocorrerão nos próximos dias, as previsões climáticas ainda indicam temperaturas acima da média para março em grande parte do país, com destaque especial para o Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia. Na verdade, praticamente toda a região Sudeste deverá continuar enfrentando calor intenso.
Vale notar que a frente fria que está entrando no país vai sim trazer um alívio para o calor e para o tempo seco. No entanto, essa previsão indica que, após sua agem, haverá novamente condições para formação de calor intenso, especialmente nas áreas destacadas do mapa acima.
O mesmo vale para o outono como um todo: Haverá sim entradas de frentes frias que vão fazer as temperaturas caírem. No entanto, ao longo da maior parte do período, os modelos indicam que a temperatura estará acima da média, com um calor mais intenso que o normal em praticamente todo o país, como podemos ver no mapa abaixo.
Tipicamente, o outono é uma estação naturalmente mais fria que o verão. No entanto, essa previsão sugere a possibilidade de ocorrência de veranicos e novas ondas de calor, mesmo em uma estação onde isso não é comum - situação similar ao que já aconteceu em 2024.
Esta anomalia, unida a características que já são esperadas para o Outono, resultará em condições climáticas como:
Caso ocorra, essa situação pode acabar prejudicando a agricultura em cultivos tardios, safrinhas ou culturas de inverno; aumentará o risco de queimadas e incêndios florestais; prejudicará a qualidade do ar; e intensificará o desconforto térmico, afetando a saúde principalmente de grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos.